Análise de Capa:
Rafael Cerqueira
Essa revista Veja traz como tema de capa o escândalo do mau uso dos cartões corporativos do governo que ganhou espaço na mídia brasileira esse ano com a demissão da Ministra da Promoção da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro.
Muitos aspectos apontados mesmo que subjetivamente na capa fazem relações desse mal uso com o governo do PT e seus constituintes, como se eles fossem os únicos usuários desse cartão e também os únicos culpados. E são esses os aspectos que serão apontados nessa análise.
Primeiro o que mais chama a atenção é a forma como é tratada essa crise. Um cartão retorcido como se fosse um tapete mágico transportando um homem vestido como os personagens Aladim, ou Ali-babá. A forma como o cartão se encontra revela de certa forma a fragilidade do Brasil na questão política e social e o ou os personagens que estão sendo relacionados tem características que foram usadas como críticas aos políticos do PT. Aladim, uma figura aparentemente despreocupada e infantil e Ali-babá, um típico ladrão que se dá bem à custa dos outros.
Essa relação com o PT identificável por conta da presente estrela do partido no pano que cobre a cabeça do político. Apesar da aparente caracterização o terno que é esse associado à figura do político não é descartado, justamente para esse fato não ser descordado. O pé do político em cima do símbolo da Constituição Brasileira mostra a total falta de respeito tida por muitos políticos ao país, porém na revista isso é generalizado.
O fato de um homem público estar viajando pelo céu na capa, foi entendido como uma referência aos políticos que sabem e vêem tudo o que acontece de errado no país, mas não tomam nenhuma atitude para mudar, até pelo fato de estarem em posição privilegiada em relação aos outros, o que pode ser comprovado com a ligeira impressão dos braços cruzados do homem que na verdade estão apoiados um no outro como uma referencia aos personagens encarnados.
O fato da adoção desses personagens árabes, que são sobretudo festivos, é uma critica a forma de agir dos políticos brasileiros - nesse caso principalmente os petistas – que levam toda a situação como se fosse uma grande e interminável festa, o que realmente acontece, mas não de uma forma única, pois existem sim, muito políticos sérios e honestos no país, inclusive no PT, o alvo principal das críticas.
A letra em sim, juntamente com sua cor, forma e tamanho também exprime um significado em relação ao objetivo critico do texto. A frase de destaque “O Mundo Encantado Deles” aparece no texto toda composta por letras maiúsculas em vermelho. Maiúscula para expressar a grandiosidade do problema e vermelho, por ser uma cor ligada geralmente ao pecado, juntamente com o preto, usado logo abaixo, ligado a tudo o que é maléfico a sociedade em geral.
Uma coisa interessante e notável é contraste que surge entra a escolha das cores: vermelho e preto (ligadas muitas vezes ao inferno e ao próprio demônio) e ao espaço adotado na imagem, o céu. Leva a entender que ambos se entrelaçam assim como o bem e o mal que convive nos atos dos políticos.
Para terminar, também uma relação à frase de impacto citada acima. O mundo encantado, um mundo onde tudo é fantasia e tudo pode ser feito. Relação esta, feita com a capital federal, Brasília, um “mundo” onde políticos corruptos fazem o que bem entendem do dinheiro e da vida pública. A diferença é que alguns são punidos, logo depois “perdoados” é verdade, mas punidos.
Rafael Cerqueira
Essa revista Veja traz como tema de capa o escândalo do mau uso dos cartões corporativos do governo que ganhou espaço na mídia brasileira esse ano com a demissão da Ministra da Promoção da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro.
Muitos aspectos apontados mesmo que subjetivamente na capa fazem relações desse mal uso com o governo do PT e seus constituintes, como se eles fossem os únicos usuários desse cartão e também os únicos culpados. E são esses os aspectos que serão apontados nessa análise.
Primeiro o que mais chama a atenção é a forma como é tratada essa crise. Um cartão retorcido como se fosse um tapete mágico transportando um homem vestido como os personagens Aladim, ou Ali-babá. A forma como o cartão se encontra revela de certa forma a fragilidade do Brasil na questão política e social e o ou os personagens que estão sendo relacionados tem características que foram usadas como críticas aos políticos do PT. Aladim, uma figura aparentemente despreocupada e infantil e Ali-babá, um típico ladrão que se dá bem à custa dos outros.
Essa relação com o PT identificável por conta da presente estrela do partido no pano que cobre a cabeça do político. Apesar da aparente caracterização o terno que é esse associado à figura do político não é descartado, justamente para esse fato não ser descordado. O pé do político em cima do símbolo da Constituição Brasileira mostra a total falta de respeito tida por muitos políticos ao país, porém na revista isso é generalizado.
O fato de um homem público estar viajando pelo céu na capa, foi entendido como uma referência aos políticos que sabem e vêem tudo o que acontece de errado no país, mas não tomam nenhuma atitude para mudar, até pelo fato de estarem em posição privilegiada em relação aos outros, o que pode ser comprovado com a ligeira impressão dos braços cruzados do homem que na verdade estão apoiados um no outro como uma referencia aos personagens encarnados.
O fato da adoção desses personagens árabes, que são sobretudo festivos, é uma critica a forma de agir dos políticos brasileiros - nesse caso principalmente os petistas – que levam toda a situação como se fosse uma grande e interminável festa, o que realmente acontece, mas não de uma forma única, pois existem sim, muito políticos sérios e honestos no país, inclusive no PT, o alvo principal das críticas.
A letra em sim, juntamente com sua cor, forma e tamanho também exprime um significado em relação ao objetivo critico do texto. A frase de destaque “O Mundo Encantado Deles” aparece no texto toda composta por letras maiúsculas em vermelho. Maiúscula para expressar a grandiosidade do problema e vermelho, por ser uma cor ligada geralmente ao pecado, juntamente com o preto, usado logo abaixo, ligado a tudo o que é maléfico a sociedade em geral.
Uma coisa interessante e notável é contraste que surge entra a escolha das cores: vermelho e preto (ligadas muitas vezes ao inferno e ao próprio demônio) e ao espaço adotado na imagem, o céu. Leva a entender que ambos se entrelaçam assim como o bem e o mal que convive nos atos dos políticos.
Para terminar, também uma relação à frase de impacto citada acima. O mundo encantado, um mundo onde tudo é fantasia e tudo pode ser feito. Relação esta, feita com a capital federal, Brasília, um “mundo” onde políticos corruptos fazem o que bem entendem do dinheiro e da vida pública. A diferença é que alguns são punidos, logo depois “perdoados” é verdade, mas punidos.